Leio nas estrofes dum poema de Apollinaire
a inelutável revogação do amor: um rio
que passa na distância das margens
sob a sombra oblíqua duma ponte. Nas águas
passadas de outro rio, procuro os lugares
e paisagens de
antigas viagens: fotografias
guardadas em velhos álbuns,
carcereiros taciturnos
de um tempo que só a imaginação
aprisiona : memórias
de quando os teus cabelos dormiam
espalhados na minha almofada
e as noites flamejavam como vitrais
o abraço cálido dos corpos.
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