quinta-feira, maio 23, 2013

Foto: Paula M. 
" O amor de um mito é puro mito" - lido em Mau Tempo no Canal, capítulo "Carnet mondain".


segunda-feira, maio 20, 2013

EM BELÉM

Hoje, em Belém, talvez mais polícias que manifestantes. Em matéria de segurança, há que não confiar em milagres de Nossa Senhora de Fátima.
 

ARTE MURAL

Rua Cascais, Alcântara, Lisboa.

O "SUPREMO EXTREMISTA"

Autor: GABRIEL VIGIL
O "supremo Extremista", segundo JOSÉ RÉGIO em "Multiplicidade de Jesus", Confissão dum Homem Religioso, Lisboa, IN-CM, 2001, pp. 96-116.

quinta-feira, maio 16, 2013

EDUARDO GUERRA CARNEIRO (1942-2004)

A dor é isto: um vazio. E sentir
depois um vazio maior - esperar
a morte. Escrevo, assim, convicto,
num estado semelhante já ao pó,
mas em lava ardente procuro
a maneira ainda de incendiar.

A morte é isto? Um vazio? Mas
escrevo para contar aos outros
deste sentimento estranho. Ao espelho
vejo ressentimento, usura, uso
e abuso do tempo que me deram.
E ardo na paixão gelada, sem morrer.

Espero por ti, seguro que já sei
nada mais de ti esperar.

                       EDUARDO GUERRA CARNEIRO

quarta-feira, maio 15, 2013

CAPELINHA DAS APARIÇÕES

Não se renovou a inspiração de Fátima revelada pelo vidente Aníbal no desfecho auspicioso da 7ª avaliação da troika. Os fiéis esperaram, esperaram, mas a bênção do milagre não foi recebida. Aqui fica a imagem da malograda capelinha das aparições. É de aspecto modesto, sim, mas em qualquer local se pode levantar um altar, porque o importante é não deixar morrer a fé no coração dos homens.
 

REVISITAÇÃO

Revisito a obra por boas razões.  Segundo capítulo, e reencontro D. Corina Peters, velha prima dos Dulmos, uma personagem interessante: “Era literata, amadora de mistérios; gostava de proteger inclinações romanescas. Os seus olhinhos doces falavam da floresta de Atala, tinha uma inocência picante, cheia de cabelos brancos.” - É possível dizer melhor?
Corina, a elegíaca Corina de Ovídio (Amores), cuja Arte de Amar tenho aí sobre a mesa. Isto anda tudo ligado – lá dizia o poeta*.

* Eduardo Guerra Carneiro (1942-2004).

terça-feira, maio 14, 2013

"EU AMO O LONGE E A MIRAGEM"

"Sempre serei odiado, não tanto pelos meus defeitos como, principalmente, por certas singularidades relacionadas com o que tenho de melhor." - JOSÉ RÉGIO pela voz de Lelito (Manuel Maria Trigueiros) no cap. I de Os Avisos do Destino.

O PÂNTANO


segunda-feira, maio 13, 2013

OBVIAMENTE, DEMITAM-SE!

Basta de disparar contra o povo! Dia 20, em Belém, à hora do conselho da indignidade, lá estarei com as minhas armas.

O CROCHÉ E AS ÁRVORES

 
O começo de todos os projectos de croché é o nó corrediço. Para tal basta ter na agulha uma laçada com um nó e a criatividade começa aqui. -- Fala quem sabe.
Cores de croché em Constância, ali na confluência do Zêzere com o Tejo.
 

sexta-feira, maio 10, 2013

TATUAGENS

Por vezes, consigo gostar de algumas tatuagens. É o caso desta: lucky you e um sapatinho de cavalo. Muito interessante... [S. J. em Paris, tanto quanto julgo perceber na Rue Ramey, 18e arrondissement, lá para os lados do Sacré Coeur.]

quinta-feira, maio 09, 2013

O MEU MESTRE RICARDO REIS


Não canto a noite porque no meu canto
O sol que canto acabará em noite.
           Não ignoro o que esqueço.
           Canto por esquecê-lo.

Pudesse eu suspender, inda que em sonho,
O Apolíneo curso, e conhecer-me,
           Inda que louco, gémeo
           De uma hora imperecível!

RICARDO REIS, 2-9-1923, Obra citada.

quarta-feira, maio 08, 2013

A "VELHA CASA" DE AZURARA

Rua Dr. Américo Silva (antiga Rua Direita) em Azurara, Vila do Conde - o modelo físico da "velha casa" de Régio. 
Devagar, espaçadas, caíram onze horas no relógio da igreja. Chegara;  e ficou-se a ouvir a vibração do bronze perdendo-se ao longo da rua deserta… Lá estava ela, a sua casa! Comprida, muda, quase hostil, vista assim de fora com o seu largo portão almofadado, a solene fila de janelas de sacada, – e fazendo esquina com a travessa que a ladeava, e depois acompanhava o muro do quintal até à estrada do Porto.
JOSÉ RÉGIO, A Velha Casa II (As Raízes do Futuro).


terça-feira, maio 07, 2013

"O INSTINTO SUPREMO"

Romance prometido a Cândido Rondon e dedicado à sua memória, é uma transposição ficcional do trabalho desenvolvido pelo etnólogo de origem alemã Curt Nimuendajú com vista à pacificação dos índios Parintintins.
Publicado em 1968, o livro elogia essa “epopeia de humanitarismo”, embora registe uma certa visão da sua inconsequência social e moral.
O ex-operário Jarbas, possuidor de consciência de classe, uma das personagens envolvidas nas operações conduzidas por Nimuendajú, interroga-se: “ Mas que benefícios terão eles [os índios] em ser civilizados agora?  Talvez os índios não sejam mais felizes do que nós, pode ser, mas com certeza mais infelizes também não são.” Civilizá-los, sim – dizia –, mas quando houvesse farinha e feijão para todos, tanto no Brasil como no mundo inteiro,  quando o homem tivesse ascendido a uma condição superior e “a civilização já estivesse também civilizada”.
 
(Releitura para os Encontros Ferreira de Castro, 10 e 11 de Maio em Ossela e Macieira de Cambra)
 

domingo, maio 05, 2013

POEMA DE ÁGUA

Lisboa, primeiro dia do mês de Maio ao fim da tarde. Poema de água na Primavera ameaçada.

quinta-feira, maio 02, 2013

O ULISSES QUE HÁ EM NÓS

Frequentou Circe, Nausicaa e Calipso, ninfa divina entre as deusas. Escapou ao insidioso canto das sereias. Anda perdido, mas sabe que  Penélope  e Telémaco o esperam em Ítaca.