sábado, julho 26, 2014

EM ARLES

ARLES, 20 de Julho de 2014
A Casa Amarela de Arles, alugada por van Gogh em Maio de 1888, mandada pintar na cor por que ficou conhecida. Mobilada meses depois, quando Theo lhe enviou, para o efeito, 300 francos, nela se instalou em Setembro do mesmo ano. Nesse embrião do “atelier du midi”  viveu com Paul Gauguin um curto período minado de ressentimentos e divergências estéticas. Até ao episódio infeliz da automutilação em Dezembro de 1888.  
A Casa já não existe – foi bombardeada pela aviação alemã em 1944 –, mas ainda lá estão alguns prédios da avenida (Av. de Stalingrad) e as pontes ferroviárias.  
 
(Fotografia do quadro obtida na Fondation Vincent van Gogh, Arles)

sexta-feira, julho 25, 2014

segunda-feira, julho 14, 2014

NA PROVENÇA

PAUL CÉZANNE, Montagne Sainte-Victoire (1904-1906); tela, 0,60 x 0,73 m. Zurique, Kunsthaus.
 
Segundo Giulio Carlo Argan, «uma das obras mais "especulativas" ou "ontológicas" de Cézanne, ponto de chegada de sua pesquisa dirigida à compreensão global do ser e de sua estrutura vital». Uma das várias pinturas de Cézanne sobre Sainte-Victoire, precursora do cubismo. 

sábado, julho 12, 2014

A CASA AMARELA DE ARLES

Fui aos meus arquivos e afinal tenho uma foto da casa amarela, tirada no Museu van Gogh em Dezembro do ano passado. Pintada em Arles, em Setembro de 1888.
 
«Em meados de Setembro [Van Gogh], instala-se aí finalmente. Sentia-se agora como dono da casa; a "sua propriedade" parecia garantir-lhe segurança e liberdade, além disso a possibilidade de finalmente fundar a comunidade artística, há tanto tempo sonhada.» -- INGO F. WALTER, Vincent van Gogh 1853-1890, Taschen Público, 2003.

 

«E ARLES THÉO CONTINUA A ARDER SOB A ORELHA CORTADA»

 
VINCENT VAN GOGH, "Café à noite em Arles", 1888

ÚLTIMA CARTA DE VAN GOGH A THÉO

nunca me preocupei em reproduzir exactamente
aquilo que vejo e observo...
a cor serve para me exprimir théo: amarelo
terra azul corvo lilás sol branco pomar vermelho
arles
sulfurosas cores cintilando sob o mistério
das estrelas na profunda noite afundadas onde
me alimento de café absinto tabaco visões e
um pedaço de pão théo
que o padeiro teve a bondade de fiar

o mistral sopra mesmo quando não sopra
os pomares estão em flor
o mistral torna-se róseo nas copas das ameixeiras
arde continuou a arder quando tentei matar aquele
que viu a minha paleta tornar-se límpida
mas acabei por desferir um golpe contra mim mesmo
théo
cortei-me uma orelha e o mistral sopra agora
só de um lado do meu corpo os pomares estão em flor
e arles théo continua a arder sob a orelha cortada

por fim théo
em auvers voltei a cara para o sol
apontando o revólver ao peito senti o corpo
como um torrão de lama em fogo regressar ao início
num movimento de incendiado girassol

AL BERTO, “A Secreta Vida das Imagens”, Lisboa, Contexto, 1991, pp. 22 e 23

sexta-feira, julho 11, 2014

NO CAMINHO DE ARLES


A "geografia" de Vincent van Gogh (Museu van Gogh, Amesterdão)
 A "Casa Amarela", em Arles, partilhada efemeramente com Paul Gauguin
Fotografia antiga da casa