A dor é isto: um vazio. E sentir
depois um vazio maior - esperar
a morte. Escrevo, assim, convicto,
num estado semelhante já ao pó,
mas em lava ardente procuro
a maneira ainda de incendiar.
A morte é isto? Um vazio? Mas
escrevo para contar aos outros
deste sentimento estranho. Ao espelho
vejo ressentimento, usura, uso
e abuso do tempo que me deram.
E ardo na paixão gelada, sem morrer.
Espero por ti, seguro que já sei
nada mais de ti esperar.
EDUARDO GUERRA CARNEIRO
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário