Não canto a
noite porque no meu canto
O sol que
canto acabará em noite.
Não ignoro o que esqueço.
Canto por esquecê-lo.
Pudesse eu
suspender, inda que em sonho,
O Apolíneo
curso, e conhecer-me,
Inda que louco, gémeo
De uma hora imperecível!
RICARDO REIS, 2-9-1923, Obra citada.
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