Entras em todos os meus sonhos,
como um rio de lava doloso e lábil.
Vejo-te nos degraus da noite,
nas ágoras do dia, e sabes de mim
aquilo que nunca cheguei a dizer-te.
Devassas-me a imperfeição do corpo,
os escaninhos do ser, azougue
que me percorre e enche, desassossego
que se deita comigo, mão fria
que me violenta o sexo
e desafia a humanidade.
Mando-te embora, sombra lívida
que não tolero nem desejo.
Mas voltas sempre.
como um rio de lava doloso e lábil.
Vejo-te nos degraus da noite,
nas ágoras do dia, e sabes de mim
aquilo que nunca cheguei a dizer-te.
Devassas-me a imperfeição do corpo,
os escaninhos do ser, azougue
que me percorre e enche, desassossego
que se deita comigo, mão fria
que me violenta o sexo
e desafia a humanidade.
Mando-te embora, sombra lívida
que não tolero nem desejo.
Mas voltas sempre.
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