Tinha na boca o rumor dos regatos e o
hálito das urzes
na solidão das fragas. Percorria-lhe a
pele o vento
cálido do desejo, o fervor sensual
dos pousios da carne.
Flor da montanha insciente e pura,
como podia saber, qual vedor de
mistérios,
do olho de sangue
que à sua porta crescia?
Nota: Lídia é personagem do conto “Amor”,
de Miguel Torga.
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