terça-feira, outubro 29, 2013

O PLUMITIVO E A SUA FAINA


“Ocorre-me”, replicou Watson, “o risco que corriam os amantes de outros tempos quando trocavam cartas entre si. Veja-se a Luiza de O Primo Bazilio ou o episódio da carta perdida em A Princesa de Clèves. Mas hoje, os riscos são maiores. A agilidade e rapidez da comunicação favorecem a descoberta do segredo.”
            Depois de assim ter falado, não sem alguma estupefacção de Silvério Hermes pelas referências literárias introduzidas no discurso, a figura de Watson desapareceu por uns instantes atrás da nuvem de fumo do seu cachimbo.
 

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