quarta-feira, maio 15, 2013

REVISITAÇÃO

Revisito a obra por boas razões.  Segundo capítulo, e reencontro D. Corina Peters, velha prima dos Dulmos, uma personagem interessante: “Era literata, amadora de mistérios; gostava de proteger inclinações romanescas. Os seus olhinhos doces falavam da floresta de Atala, tinha uma inocência picante, cheia de cabelos brancos.” - É possível dizer melhor?
Corina, a elegíaca Corina de Ovídio (Amores), cuja Arte de Amar tenho aí sobre a mesa. Isto anda tudo ligado – lá dizia o poeta*.

* Eduardo Guerra Carneiro (1942-2004).

2 comentários:

Joca disse...

Camarada, pode desvendar o mistério deste fundo, sff?

Manuel Nunes disse...

O mistério das cousas, onde está ele? / Onde está ele que não aparece / Pelo menos a mostrar-nos que é mistério? / (...) Porque o único sentido oculto das cousas / É elas não terem sentido oculto nenhum, (...)

--- ALBERTO CAEIRO, Poema XXXIX de "O Guardador de Rebanhos" ----