Não sei se ela apenas olha
as ruínas das casas
os sulcos
que se abrem no chão à força
da charrua das bombas
ou se procura
em alguma memória
de outra vida distante
a tranquilidade do mar
as frescas florestas de cedros
os pássaros que em pleno Verão
riscavam a alegria dos dias
no céu da cidade
Talvez da janela
aberta como uma ferida
ela não veja mais
que o reflexo da parede
trespassada de fogo
e ao coração ainda puro
ignorante da raiz dos destroços
não reste senão
para memória futura
a poeira do tempo parado
de onde nascerá o ódio
as ruínas das casas
os sulcos
que se abrem no chão à força
da charrua das bombas
ou se procura
em alguma memória
de outra vida distante
a tranquilidade do mar
as frescas florestas de cedros
os pássaros que em pleno Verão
riscavam a alegria dos dias
no céu da cidade
Talvez da janela
aberta como uma ferida
ela não veja mais
que o reflexo da parede
trespassada de fogo
e ao coração ainda puro
ignorante da raiz dos destroços
não reste senão
para memória futura
a poeira do tempo parado
de onde nascerá o ódio
D.E.
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