Ontem, na CASA DA ACHADA, sessão de lançamento do 1º tomo do diário inédito de Mário Dionísio - Passageiro Clandestino - cobrindo o período 1950-1957. A edição vem acompanhada de um grosso volume de notas de Eduarda Dionísio (515 páginas) que esclarece o leitor sobre personalidades, instituições, acontecimentos e outras referências menos conhecidas em relação ao tempo já distante a que se reporta. Um trabalho colossal, imprescindível para quem quiser estudar Mário Dionísio e a inserção da sua obra no tempo em que viveu. Do incipit: «Toda a gente traz consigo um passageiro clandestino, sempre agarrado à mala suspeita onde transporta o mais perigoso dos materiais: milhares de sentimentos, de ideias, de simples frases, de gostos, de impertinências, de abdicações, de cóleras, de saudades, de esperanças, que a sociedade não reconhece. E persegue, se os conhece.» As primeiras páginas do livro desenvolvem-se entre a assunção daquele outro/passageiro clandestino e o questionamento do próprio trabalho diarístico (um diário porquê e para quê?). Comecei hoje a ler.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário