quinta-feira, dezembro 31, 2020
NO SAPATINHO 4
quarta-feira, dezembro 30, 2020
NO SAPATINHO 3
terça-feira, dezembro 29, 2020
NO SAPATINHO 2
segunda-feira, dezembro 28, 2020
NO SAPATINHO 1
Detenho-me
em Ana Hatherly (1929-2015), poema “Leonorama-Variação
VII”:
descalça ia leonor. ia àfonte leda efria.
ia lesta &ia. afonte corria. leonorapenasia.
pela aragem fria. pela manhãia. sorria. &ia.
leonoria. leonorama leonoria. anaía bela. &ia.
(…)
E em Jorge
Sousa Braga (1957), poema “Strip-tease”:
Quanto mais me dispo
menos nu
me sinto
domingo, dezembro 27, 2020
CAMINHADAS
terça-feira, dezembro 22, 2020
O Natal em TO KILL A MOCKINGBIRD, livro
O Natal na plantação Finch (capítulo
9) foi uma grande seca para Scout, não obstante os bons cozinhados da tia
Alexandra. Por causa de ter falado de Atticus como um «amigalhaço dos pretos»,
o primo Francis foi esmurrado pela menina, tendo esta esfolado os nós dos dedos
contra os dentes do desbocado.
Prendas de Natal para Scout e Jem:
espingardas de pressão de ar, conforme pedido dos interessados.
Mas Atticus avisou a filha (capítulo
10): «Podes matar
todos os gaios-azuis que encontrares, isto se lhes conseguires acertar, mas
lembra-te de que é pecado matar uma cotovia.» Miss Maudie, em diálogo posterior,
corroborou: «O teu pai tem razão. As cotovias não fazem nada a não ser cantar
belas melodias para nós. Não estragam os jardins das pessoas, não fazem ninhos
nos espigueiros, só sabem cantar com todo o sentimento para nós. É por isso que
é pecado matar uma cotovia.»
segunda-feira, dezembro 21, 2020
NATAL NA PLANTAÇÃO FINCH
O primo Francis recebeu pelo Natal aquilo que havia pedido: um par de calções, uma pasta para os livros em couro vermelho, cinco camisas e um laço. Scout e o irmão Jem tiveram umas espingardas de pressão de ar e um estojo de química a sério, não de brincar. Há as suas diferenças...
Com tanto tipo que, neste Natal, aparece na televisão e no twitter com palavreado reaça, apetece-me pedir à Scout que venha aí do Alabama profundo para lhes assentar uns bons pares de murros. Ela sabe como se faz.
sexta-feira, dezembro 11, 2020
EPISTOLÁRIO
terça-feira, dezembro 08, 2020
DURANTE O "PASSEIO HIGIÉNICO"
É tocante a amplitude etária desejada: dos 21 aos 40 anos. Quais anúncios de jornal, quais “sites” de namoro!
São coisas como esta que me fazem acreditar no amor.
segunda-feira, dezembro 07, 2020
domingo, dezembro 06, 2020
KAZUO ISHIGURO
terça-feira, dezembro 01, 2020
EDUARDO LOURENÇO (1923-2020)
Diz Eduardo Lourenço que para se
perceber a «distância fabulosa» entre objectos poéticos revolucionários e outros
que o não são, basta comparar a “Saudação a Walt Withman” ou a “Ode Marítima” de
Álvaro de Campos com o “Cântico Negro” de José Régio. Em apreciação, a oposição
Orpheu / presença, revolução e contra-revolução.
Diga-se porém que “Cântico Negro”, sendo o mais celebrado dos poemas de Régio é
anterior à revista presença e, bem
vistas as coisas, até não era um poema assim tão celebrado pelo seu autor.
Claro que, nestes termos, Eduardo Lourenço não aceita a designação de Segundo Modernismo para a geração presencista. A presença , diz, não é continuação, mas sim, e simultaneamente, reflexão e refracção do Modernismo.
domingo, novembro 29, 2020
LEITURAS
«Niki, o nome que finalmente demos à minha filha mais nova, não é um diminutivo; foi um acordo a que cheguei com o pai dela. Porque, por mais paradoxal que possa parecer, foi ele que quis que ela tivesse um nome japonês, ao passo que eu - talvez por um qualquer desejo egoísta de não ter de recordar o passado - insisti que o nome fosse inglês. Acabámos por concordar que fosse Niki, talvez por acharmos que tinha um vago tom oriental.»
(Tradução do inglês de Maria do Carmo Figueira)
domingo, novembro 22, 2020
quarta-feira, novembro 11, 2020
quinta-feira, novembro 05, 2020
AMÉRICA!
AMERICA
Centre of equal daughters, equal
sons,
All, all alike endear’d, grown,
ungrown, young or old,
Strong, ample, fair, enduring,
capable, rich,
Perennial with the Earth, with
Freedom, Law and Love,
A grand, sane, towering, seated
Mother,
Chair´d in the adamant of Time.
WALT WHITMAN, 1888
segunda-feira, novembro 02, 2020
OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO
«Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Porém, Eu digo-vos: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Ora, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no fogo, muito mais Ele fará por vós, gente de pouca fé!» – Mateus, 7, 28-30.
Continuo com Erico Veríssimo, Olhai
os Lírios do Campo. Estou agora
no cap. 7, quando Eugénio e Olívia, depois de receberem os diplomas da formatura
em Medicina, se sentam nas escadas do monumento de «homenagem ao patriarca» e aí discorrem sobre o futuro, a amizade e
a sua condição de jovens pobres cuja subida na vida teria de ser feita a pulso.
O monumento – na Praça da Matriz, de Porto Alegre - homenageia o político
Júlio Castilhos (1860-1903), considerado pelos seus conterrâneos o Patriarca do
Rio Grande do Sul.
Li o romance de Erico Veríssimo há mais de 30 anos. Em Outubro de 2012 estive em Porto Alegre e fotografei o monumento, conforme foto que ponho aí em baixo. Estava longe de me lembrar, então, daquela passagem do romance.
domingo, novembro 01, 2020
RELEITURAS
Relendo Erico
Veríssimo (Cruz Alta, 1905 – Porto Alegre, 1975) para me distrair de certas
leituras que faço por obrigação. P. 25 do meu livro:
«Eugénio tira o chapéu, passa a mão pelos cabelos. Tem na mente, numa inquietadora sucessão, as imagens das pessoas que sacrificou à sua carreira, ao seu egoísmo, à sua cega ambição. Fui um louco, um bruto – pensa ele. Considerava apenas o seu futuro, a sua ascensão na vida. A carreira estava em primeiro lugar. Depois, vinham os outros. Os outros… Os que o amaram sem pedir compreensões, os que não exigiram nada e lhe deram tudo. O pai, obscuro, humilde, humilhado, ferido de morte pela vida. A mãe, que sacrificara a sua mocidade ao marido, aos filhos, ao lar. Agora, estavam ambos mortos. Era o irremediável.»
Dois apontamentos sobre o paratexto: 1) O romance é dedicado a Mafalda, a mulher, de nome
completo Mafalda Halfen von Volpe (Pelotas, 1903 – Porto Alegre, 2003) que lhe
deu dois filhos: Clarissa, pois então, e Luís Fernando. 2) A breve nota da
portada com o título “Maurício”, nome que é «símbolo de uma funda amizade» e de «recordação dos sonhos de solidariedade humana», refere-se ao editor
e divulgador literário Mauricio Rosenblatt (Rosário, Argentina, 1906 – Porto Alegre,
1988).
sexta-feira, outubro 30, 2020
NA CIDADE
= Fotos de 26-10-2020
quinta-feira, outubro 29, 2020
VINCENT, UMA RELAÇÃO INCOMPREENDIDA
terça-feira, outubro 27, 2020
VITOR AGUIAR E SILVA, Prémio Camões 2020
domingo, outubro 25, 2020
COMUNIDADES DE LEITORES
Um grande conto que fala da amizade e do amor, e de como estes sentimentos se podem confundir e até reciprocamente se destruírem. Quem não passou já por isso? E não são coisas só da juventude, estendem-se por todas as idades entre os que não se dispõem a renunciar aos afectos. Tão verdadeiro e susceptível de acontecer! Aqui deixo o link no sítio da autora:
https://www.luisacostagomes.
Tenham uma boa leitura.
sexta-feira, outubro 23, 2020
O ÊXITO TEM OS SEUS CAPRICHOS
A frase é de Mário Dionísio no incipt da sua conferência de 1951 de título "O Drama de Vicente van Gogh". E faz-nos lembrar, para além da obra do pintor holandês, a recepção problemática do quadro As Banhistas, de Gustave Courbet (1819-1877), apresentado no Salão de Paris de 1853.
Diz Mário Dionísio: «As Banhistas de Courbet , que é um dos padrões que muitas pessoas hoje invocam para repelirem a arte moderna, foram acolhidas com mordentes ironias pela imperatriz Eugénia e com autênticas chicotadas na tela - chicotadas de chicote! - de Napoleão III.» Passaram 70 anos sobre a conferência de Mário Dionisío, algo mudou no quadro da relação entre o público e a arte, mas não tanto como possa parecer. «Porque quem não sabe arte, não na estima», diz Camões n´Os Lusíadas, canto V, estrofe 97.
quinta-feira, outubro 22, 2020
PINACOTECA
Nas Metamorfoses, de Ovídio, Diana é surpreendida no banho pelo caçador Acteão. Ciosa que era da sua castidade, a deusa da lua e da caça transforma-o num veado. Antes, dissera-lhe: «Agora, poderás contar que me viste despojada de roupas – se conseguires falar…» (Livro III, 173-198, Livros Cotovia, tradução de Paulo Farmhouse Alberto.)
terça-feira, outubro 20, 2020
segunda-feira, outubro 19, 2020
É FARTAR, VILANAGEM!
... BÁRBARA
Pretidão de Amor,
Tão doce a figura,
Que a neve lhe jura
Que trocara a cor.
Leda mansidão,
Que o siso acompanha;
Bem parece estranha,
Mas bárbara não.
LUIZ DE CAMÕES
domingo, outubro 18, 2020
DELÍRIOS ONÍRICOS
sábado, outubro 17, 2020
ESTADO DE EMERGÊNCIA...
... ou RECOLHER OBRIGATÓRIO, ou...
sexta-feira, outubro 16, 2020
LEITURAS
Há algum tempo que ando para pegar a sério (à séria, segundo uma amiga de Cascais) nestes cantos de Isidore Lucien Ducasse (Montevideu, 1846 - Paris, 1870), mais conhecido pelo pseudónimo Conde de Lautréamont. Do que merecer, aqui darei a devida ou indevida conta.
quinta-feira, outubro 15, 2020
A JUSANTE DA COVID
Uma coisa que me chateia é ouvir falar de 2ª vaga. A vaga é a mesma, a diferença é que em Março e Abril estávamos todos mais ou menos arrecadados e agora, graças a Deus, andamos à solta. Por falar em vagas, saibam que a que mais me interessa é a nouvelle vague do cinema francês – porque me vêm à memória, quando nela penso, imagens de Brigitte Bardot, Anna Karina, Jean Seberg e outras musas do Olimpo moderno.
Quanto a
essa aplicação barata que querem obrigar-me a descarregar para o telelé, aqui
declaro que não o farei. Como posso acreditar na utilidade de uma aplicação que
não foi competente para avisar o Dr. Rio da perigosa presença, à sua beira, do
infectado António Lobo Xavier?
E sobre o
uso de máscara na via pública, também não me apanham nessa. Continuarei a andar
de cara limpa, salvo quando me veja no aperto do Chiado ou do Passeio Marítimo
do Isaltino, precaução que já venho tomando há algum tempo.
Entretanto, espero que a Assembleia da República mande às urtigas as propostas de lei concernentes.
quarta-feira, outubro 14, 2020
OUTONO DAS CORES
domingo, outubro 11, 2020
"VENISE N´EST PAS EN ITALIE" (2019), DE IVAN CALBÉRAC
= FESTA DO CINEMA FRANCÊS, Cinema São Jorge, Lisboa. Vi neste sábado, volta a passar na próxima quinta-feira, dia 15 de Outubro, às 17 horas.
sábado, outubro 10, 2020
EXPOSIÇÕES
quinta-feira, outubro 08, 2020
PINACOTECA
quarta-feira, outubro 07, 2020
O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS (2020), DE JOÃO BOTELHO
Vi hoje no
cinema Ideal. Seria difícil a João Botelho entrar na alma do livro. Como intertexto,
o filme é obra razoavelmente conseguida, apesar de algumas anomalias de casting: Chico Diaz, no papel de Ricardo
Reis, é um actor quinze anos mais velho do que a personagem interpretada; Luís
Lima Barreto, por sua vez, surge demasiado carnal para a condição fantasmática de
Fernando Pessoa. Bem, muito bem, Catarina Wallenstein a quem parcialmente se
aplica o que no livro é dito a respeito de Lídia: «mulher feita e bem feita,
morena portuguesa, mais para o baixo que para o alto».
A força do
filme está nas vertentes amorosa e política do romance. Em termos literários, mas
com peso menor, há os diálogos entre Fernando Pessoa e Ricardo Reis: o
desdobramento do eu, o fingimento poético e o classicismo do médico-poeta autor
de odes sáficas e alcaicas.
Assiste-se à
transformação política de Ricardo Reis. O estoico-epicurista que escrevera «sábio
é o que se contenta com o espectáculo do mundo», o monárquico sem rei
indiferente à opressão e à guerra como os jogadores de xadrez do seu poema
(«Tudo o que é sério pouco nos importe»), indigna-se com a prepotência da
polícia política que o interroga e a violência do comício fascista de que se
retira.
Esta nova
atitude perante o “espectáculo do mundo” (crescimento do nazismo e do fascismo na Europa,
triunfo do franquismo em Espanha), é discordante com o seu conservadorismo moral
e de classe (indecisão sobre o perfilhamento do filho seu e de Lídia e o juízo
da inconveniência de um casamento com uma mulher do povo).
Tentarei voltar ao filme para fixar alguns aspectos que me poderão ter escapado.
terça-feira, outubro 06, 2020
NA MOITA
SOCIEDADE FILARMÓNICA ESTRELA MOITENSE, hoje mais dada a outras actividades associativas, como fitness, ioga, capoeira e zumba – essas coisas da moda.
E Tudo o Vento Levou, com Clark Gable e Vivien Leigh. Lá está o quadro mural, numa parede do edifício, como tributo ao tempo em que a grande arte do cinema estava por cima. Gostei de ver.
= Na Moita,
fotos de hoje, 6-10-2020.
segunda-feira, outubro 05, 2020
JUSTICEIRO SOLITÁRIO (1985), DE CLINT EASTWOOD
= Acabei de
ver na FoxMovies. Gostei.
domingo, outubro 04, 2020
MUNDO, DEMÓNIO E CARNE. O ABISMO
sábado, outubro 03, 2020
BARCOS EM TERRA
"Desassossego" é o nome deste barco avieiro estacionado em Alhandra à espera de maré favorável. É bonito nas suas cores verde e branca, símbolos da esperança e da pureza. E, vejam com atenção, o nome está mesmo bem posto. Ao mestre e à tripulação os meus votos de boa pescaria, especialmente quando saírem para o "mar" no próximo dia 18.
= Foto de 2-10-2020=
quinta-feira, outubro 01, 2020
ACONTECEU NO OESTE (1968), DE SERGIO LEONE
terça-feira, setembro 29, 2020
FOI BONITA A FESTA, PÁ
FESTA NO SÁBADO E DOMINGO, 26 E 27 DE SETEMBRO
- Inauguração da nova exposição
colectiva de pintura AS
PASSADAS PROLONGADAS NOUTROS PASSOS.
- Leitura a várias vozes do Drama de Vincent Van Gogh, conferência
proferida por Mário Dionísio, em 17 de Março de 1951, na Sociedade Nacional de
Belas Artes.
- Leitura do conto de Mário Dionísio «Assobiando à vontade», por Inês
Nogueira e Artur Pispalhas.
- Actuação do Coro da Achada e do Teatro Comunitário da Casa da
Achada.
Houve ainda um bolo de velinhas, vinhos finos e acepipes variados.
quinta-feira, setembro 24, 2020
MEMÓRIAS DE FILMES - Barbarella e o Anjo
terça-feira, setembro 22, 2020
COBOIADAS
