« – Falei-te uma vez de uma
rapariguinha que conheci em Mira, lembras-te? Antes de entrar para a Faculdade…
– Ela assentiu com a cabeça. –
Reencontrei-a há poucas semanas. Não aconteceu nada entre nós, mas já poderia
ter acontecido, só não aconteceu porque nem eu nem ela quisemos, embora
quiséssemos. – Observa-a em silêncio, como se pretendesse seguir os pensamentos
da mulher. – Preferimos manter um futuro de reserva , não o gastar já no
presente, entendes? Recorrer a ele apenas quando tudo o mais tiver falhado.»
--- A superação do tempo linear e a plasticidade das personagens. Uma forma de
narrar não tradicional. Cruzamento de planos narrativos, de vozes, avanços e
recuos na linha da história. A sugestão
de ambientes, como os que nos são dados por uma câmara de filmar. Mais “aventura
da escrita” do que “escrita da aventura”. Ó meus caros amigos, isto está muito à frente do que agora nos é dado pelos escritores da moda.
segunda-feira, março 19, 2018
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1 comentário:
Mais, meu caro, mais!
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