Entre a vida
e a morte, afogo-
-me no pego
húmido do teu seio.
II
Não me
chames que corro perigo. Desejo
o abismo, e
nem sequer sei voar.
III
À noite, é
preferível à noite. A luz
não se rirá da
imperfeição do meu corpo.
Quando se pagavam os versos a peso de ouro por Augusto César, que sabe Deus se seria, ou não seria, era porque era um só Virgílio o que poetizava; mas hoje que se comutaram a poetas todas as sete pragas do Egipto, quem quereis vós que os farte, quanto mais que os enriqueça? --- D. Francisco Manuel de Melo, "Hospital das Letras".
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