Exemplo de romance psicológico,
subgénero em que o que verdadeiramente importa é o “subsolo humano”- a análise
dos dados da consciência das personagens e a representação do seu tempo
interior, aquilo a que Bergson chamou a durée.
Se o impressionismo literário e
artístico surgiu como reacção à fotografia, diz-se que o romance psicológico é
uma resposta ao cinema (mudo): - o que o
cinema não pode registar é a vida profunda de uma consciência.
Este livrinho está disponível em
muitas bibliotecas: um trabalho interessante do nosso pater criticus, como lhe chamou Eduardo Lourenço, que afinal, além
de crítico, foi também romancista.
4 comentários:
Eis, para mim, uma novidade literária que descobri durante o mês de Agosto num alfarrabista do Largo da Misericórdia, num daqueles dias de férias generalizadas, em que os arquivos estão fechados ou a meio gás e as bibliotecas te expulsam do seu seio por volta das cinco da tarde.
Claro que o título estava na lista das tuas recomendações, mas isso não diminui a surpresa. Muito boa, por acaso.
O que pode ir na cabeça de um homem!
De quase nada me lembro, excepto o interesse com que o li na edição dos Livros de Bolso da Europa-América. Tenho de o reler. Diz-se que o «Pântano» é o melhor dele.
Olá, Ricardo. Não li "Pântano". Além deste, li "Amigos Sinceros", dedicado ao Régio, que é um diálogo entre "anima" e "animus", ou seja, entre a alma e o espírito - na verdade um diálogo entre Gaspar Simões e José Régio. É interessante por isso. O próximo que tentarei ler (não sei quando) é "Internato".
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