quinta-feira, fevereiro 10, 2011

A OBRA

Continuo a escrever a OBRA. Aqui deixo umas breves linhas para que possa apreciar-se a excelência do trabalho. Como notarão, há uma referência a um crítico francês, outra ao filósofo peripatético, além de palavras caras que nem vêm no dicionário. Por favor, não se riam, são perversões da idade:

Sébastien Hubier (Littératures intimes, 2003) refere a autoficção como uma expressão anfibológica das escritas do eu. Em Aristóteles e na linguística moderna o termo é usado para designar um enunciado suscetível de duas interpretações diferentes. Ora a autoficção é isso mesmo, um texto que pode ser interpretado como romance e como autobiografia, cabendo ao leitor decidir sobre o seu grau de verdade ou de mentira.
(Extraído da OBRA, p. 62)

NOTA: Texto escrito segundo as normas do novo acordo ortográfico. Nas mais de cento e cinquenta palavras que aqui ficam apenas uma tem nova grafia (“suscetível” em vez de “susceptível”). Afinal, a coisa não parece assim tão desfiguradora da nossa escrita.

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