quinta-feira, novembro 18, 2010

UM LUGAR

Muitas vezes o tenho imaginado assim, um lugar trespassado de névoa e povoado de árvores nuas de ilusória materialidade. Do que não conhecemos só podemos formar ideias espúrias, pelo inevitável desajustamento entre o que possa ser ou não ser e o nosso intrínseco desejo de imaginar o inimaginável.
É triste permitirmo-nos perder alguém. É triste ver alguém partir na idade de ouro.

4 comentários:

João António disse...

Será um desígnio do Humano, nas horas cruciais, depois de haver alegrias,cruzamentos, embates, equívocos, ficarmos frente-a-frente com uma realidade que nos interpela e espera o melhor de nós?

João António disse...

Será um desígnio do Humano, nas horas cruciais, depois de haver alegrias,cruzamentos, embates, equívocos, ficarmos frente-a-frente com uma realidade que nos interpela e espera o melhor de nós?

Manuel Nunes disse...

João, o que sei é que o sofrimento pode ter um efeito positivo sobre nós - tornarmo-nos melhores, subirmos a patamares de cuja existência nunca havíamos suspeitado. A morte de uma pessoa, mesmo que não seja uma pessoa muito próxima, pode lembrar-nos a exacta medida da nossa fragilidade, ou, se quisermos, da nossa imperfeição. A pior das mortes, porém, é a morte dos que continuam vivos - a separação e o afastamento. É por isso que a amizade é importante.

João António disse...

Dizem que morrer, é o desaparecer numa curva da estrada, é o sem regresso. Mas sem regresso evolutivo penso que não há crescimento.
A amizade é esse catalisador que nos faz renascer.