Para comemorar o Dia, que também se apresentava como sendo da Árvore e, quiçá, da Primavera, estive na Bibiloteca Municipal de Alverca, a partir das 21 horas, onde estava marcado encontro com o poeta Gastão Cruz, nascido em 1941, personalidade ligada ao movimento Poesia 61 (com Casimiro de Brito, Fiama, Luiza Neto Jorge e Maria Teresa Horta) e autor de vasta obra poética.
Éramos nove, incluindo-se neste singelo número o poeta, a responsável da biblioteca e a senhora vereadora do pelouro da cultura.
Mesa fraca para tão saboroso repasto.
Aqui fica um poema de GASTÃO CRUZ:
OUTRO TEMPO
Ficávamos de tarde com a música
na escuridão dos quartos repassados
de secura
como se a luz atravessasse
sem claridade a casa
O corredor
alargava junto às salas
fechadas a maior acabava num
púlpito debaixo
do torreão em forma de coroa da casa
Durante horas a música lançava
obscuras vagas
o futuro
tão perto já cavava
covas nas salas nunca usadas
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