Na “Introdução
à leitura de Confissão dum Homem
Religioso”, obra de José Régio, escreveu Orlando Taipa: «Visitara Portalegre, em 12 de
Maio desse ano [1947], a imagem peregrina
de Nossa Senhora de Fátima e pareceram-lhe [a ele, José Régio] tão
descomandadas as manifestações com o mais grosseiro feiticismo, o mais chão
paganismo, a mais rasteira idolatria – desde o ridículo dos programas que
anunciavam a visita até às arengas de certo frade franciscano – , que deveras
se indignou.» Hoje – 100 anos depois das aparições
– o espectáculo grotesco que é fornecido pelos canais de
televisão (ávidos de audiências) rivaliza com as arengas
sobre o milagre obrado pelos pastorinhos na criancinha brasileira, enquanto as figuras cimeiras
do estado (laico) se ajoelham ante o jesuíta Bergoglio e a sua cúria. Com o devido respeito pelos crentes, continua a haver motivo de indignação.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário