O Sedutor de Sevilha e o Convidado de Pedra, texto fundador do mito de Don Juan. Na língua original,
El Burlador de Sevilla, o que demonstra que o catálogo de mulheres não se constituía pela aquiescência das mesmas, mas pelo engano a que eram levadas. Foi assim com Isabela, com a pescadora Tisbea, com D. Ana ou com a inocente Aminta na noite que deveria ter sido das suas núpcias. Releitura a propósito do último livro de Mário de Carvalho,
Ronda das Mil Belas em Frol, e de algumas ideias que vejo formarem-se em espíritos menos avisados. O narrador das
Mil Belas não é um Don Juan, embora o autor nos dê uma epígrafe retirada do libreto de
Don Giovanni, de Mozart. Ainda sobre o incómodo que estes contos parecem ter gerado em alguns leitores, veja-se o que publiquei em
www.comolhosdeler.blogspot.com. Há 90 anos, José Régio estava mais avançado do que certos "críticos" do século XXI. A distinção entre "literatura viva" e "literatura livresca" ainda não é, hoje, um dado adquirido. Posto isto...
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