
segunda-feira, abril 25, 2011
sábado, abril 23, 2011
sexta-feira, abril 22, 2011
sábado, abril 16, 2011
TOMAR
Charolinha, Mata Nacional dos Sete Montes, Tomar
Quem não ouviu contar histórias na infância ou delas não guardou na memória o seu maravilhoso irrepetível, pode ter crescido e se tornado gente, pode até ser pessoa válida e de bem, mas encontrar-se-á fatalmente amputado na sua plenitude imaginativa e criadora. Para nos tornarmos homens, é preciso que, em meninos, tenhamos aberto os olhos de espanto perante o canto de sereia das narrativas.
Garrett deixou-nos o testemunho do efeito que nele causaram as histórias da velha Brígida, criada que tinha todo o jeito e traça de bruxa, e era cronista-mor de feitiços e milagres:
(…) Suas longas histórias recontando / De almas brancas trepadas por figueiras, /De expertas bruxas de unto besuntadas / Já pelas chaminés fazendo víspere, /Já indo, às dúzias, em casquinha de ovo /À Índia de passeio numa noite… /E ai! se o galo cantou, que à fatal hora / Encantos quebram, e o poder lh’ acaba.[1]
Amanhã vou a Tomar em passeio com a Comunidade de Leitores da Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana. Foi em Tomar que, em menino, ouvi as melhores histórias da minha vida: histórias de bruxas, de lobisomens e de almas penadas – histórias que não metiam medo e em que queria com toda a força acreditar. Acho que foram a base da minha formação e valeram tanto ou mais que todas as disciplinas e seminários da Universidade. Uma dívida que não paguei e só de uma forma conseguirei pagar: nunca esquecer quem me as contava.
[1] Dona Branca, canto terceiro, estrofe III.
terça-feira, abril 12, 2011
A CRISE - V
“Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos” – Cavaco Silva no discurso de tomada de posse em 9 de Março de 2011.
Diz lá isso agora ao FMI, ó meu!
segunda-feira, abril 11, 2011
domingo, abril 10, 2011
O MALATO ENTRE O FACTO E O FATO

Um argumento que tem sido usado com alguma frequência contra o novo acordo ortográfico é o caso de facto (sinónimo de acontecimento) passar a escrever-se fato, violando a dicção do português europeu e obrigando os portugueses a falarem como os brasileiros. Isto está completamente errado! A palavra tem dupla grafia e, entre nós, continuará a escrever-se como a pronunciamos, ou seja, facto – tal como factício e factual, palavras em que o c se pronuncia, embora em fator, fatorial, fatura e faturação, em que a consoante c é muda, ela desapareça da grafia. Vem isto a propósito de uma das últimas sessões do concurso do Sr. Malato na RTP1. Tendo perguntado a uma concorrente, opiniosa mas mal informada, o que pensava do novo acordo ortográfico, respondeu-lhe a inquirida com o argumento de peso da palavra facto. Ora o que é estranho é que o Sr. Malato, que citara o linguista Ferdinand de Saussure já não sei a propósito de quê, acabou por não desfazer o equívoco da concorrente. É claro que há coisas que sempre nos escapam, e conduzir um programa de televisão é trabalho complexo que pode dar origem a erros, omissões e lapsos... Assim, depois de ter enchido a boca de Saussure, o apresentador hesitou, calou-se, e a concorrente teve o seu momento de falsa glória. Não sei se ganhou alguma coisa no concurso: mudei logo de canal.
A CRISE - IV
A esfinge de Belém foi a Budapeste falar de "imagination". Inglês por inglês, prefiro o de Jorge Sampaio.
A CRISE - II
Políticos que se escondem atrás dos arbustos – uma boa metáfora. Se se escondem atrás dos arbustos têm de ser pequenos… E os arbustos, quem são? Ou quem é? Aceitam-se ideias. O homem estava empolgado, cheguei a pensar que ia pedir a maioria absoluta. Uma fera!
A CRISE - I
Passos, Relvas, Macedo – grandes políticos de outros tempos! Mas quem é que se vai lembrar, de aqui a uns anos, destes que agora se perfilam com os mesmos nomes?
segunda-feira, abril 04, 2011
De Mais Ninguém - Marisa Monte - Legendado
Sim, isto rebenta com qualquer coração! Nem novela camiliana, nem concerto de Tony Carreira, nem sei lá o quê... Dá gosto ouvir e meditar nos desfortúnios da condição humana!
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