domingo, agosto 17, 2008

A IMPERTINÊNCIA DE SENTIR ( V )

Bela tarde de sábado passada com o Fervor de Buenos Aires de braço dado com o grande poeta argentino. Deu para lembrar Bernardo Soares e as suas viagens "com a alma" (por oposição a viajar "com o corpo"): Que é viajar, e para que serve viajar? Qualquer poente é poente; não é mister ir vê-lo a Constantinopla. A sensação de libertação que nasce das viagens? Posso tê-la saindo de Lisboa até Benfica, e tê-la mais intensamente de quem vá de Lisboa à China, porque se a libertação não está em mim, não está, para mim, em parte alguma.
Leio em Borges: Las Calles de Buenos Aires / ya son mi entraña. Fico com a cidade dentro de mim. E penso: como ainda há gente que insiste em partir de férias!

2 comentários:

Ricardo António Alves disse...

Eu penso como o Júlio Dantas: Viajar, que horror! O melhor é ter viajado.

Manuel Nunes disse...

O Dantas, o de "A Ceia dos Cardeais",tão zurzido no tal panfleto futurista.