Tigre (1912), de FRANZ MARC (Munique, 1880 - Braquis, França, 1916)
O peso da
denotação fragilizou-lhe os liames para o mundo conotativo. Só se exprime por aquilo que é certo, seguro
e absolutamente verificável. Daí a sua limitada compreensão das metáforas, das
hipérboles e das metonímias. Então dos oximoros nem é bom falar. Lê romances com
histórias bem contadas, ligando mais aos enredos do que aos processos de
linguagem. Gosta de (alguma) pintura e
de (alguma) música, mas com o mistério da poesia nunca marcou encontro. É
pessoa determinada, ousada e previsível – como um tigre natural!
Tigre, tigre que flamejas / Nas florestas da
noite / Que mão, que olho imortal / Se atreveu a plasmar a tua terrível
simetria? (William Blake).
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