“Ela dá-lhe sinais
contraditórios, com avanços e recuos que minam a confiança da progressão
amorosa. É como se quisesse prendê-lo, sem desejar entregar-se. As mulheres…”
“Hum…”, nasalou
Lotário, e uma dúvida salpicou de sombra a pele de leopardo que lhe cobria o
tronco.
“Quando se encontram,
ela tem sempre pressa em partir, como se cedo se fartasse da companhia ou tivesse
alguém à sua espera. Ele teme-lhe as astúcias, o bate e foge com que o enleia.”
“Ele é um homem bom”,
aduziu o africano.
“De bons homens está
o mundo cheio”, replicou Mandrake, “e incompetentes nos lances do amor, também.”
A conversa não foi
adiante, o mago sabia perfeitamente onde devia parar. Estava tudo na sua mão,
era só urdir a teia.
Hojo acabava de aparecer,
avantajado no seu quimono, a anunciar o jantar. Num instante, Mandrake já estava sentado à mesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário