Li e continuo a ler os dois primeiros romances de Kazuo
Ishiguro: As Pálidas Colinas de Nagasáqui
(1982) e Um Artista do Mundo
Flutuante (1986). Um aspecto que salta à vista: o confronto entre os
valores de duas sociedades nos anos do pós-guerra – os valores do Japão
tradicional e os da sociedade emergente. Em ambos os livros, a atracção dos
mais novos pela cultura americana, o “sonho americano” em versão nipónica.
Sachiko, personagem do primeiro romance, falante do inglês por influência
familiar, sonha em emigrar para a América, nação onde a filha poderia aspirar a
ser uma mulher de negócios ou uma actriz de sucesso. Oji-san, narrador do
segundo romance, surpreende o neto Ichiro a brincar aos cowboys, assumindo a personagem de Lone Ranger celebrizada pelo cinema
e pela banda desenhada. O avô tradicionalista ainda lhe recomenda que se fixe nos
heróis samurais de antanho, como Yoshitsune. Não resultou, o que o menino queria era mesmo o herói Lone Ranger, Hi yo, Silver!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário