«É que isto de amores, tanto desabrocham em solitários de cristal por trás das vidraças como florescem bravos nos carrapiteiros, só a linguagem é que difere.» --- JOSÉ SARAMAGO, em Levantado do Chão, sobre o namoro de Faustina e João Mau-Tempo.
Quando se pagavam os versos a peso de ouro por Augusto César, que sabe Deus se seria, ou não seria, era porque era um só Virgílio o que poetizava; mas hoje que se comutaram a poetas todas as sete pragas do Egipto, quem quereis vós que os farte, quanto mais que os enriqueça? --- D. Francisco Manuel de Melo, "Hospital das Letras".
2 comentários:
E Gracinda e Manuel Espada?
"... estava ela abraçada ao pai, mais alta já do que ele, e ela olhou-o por cima do ombro, claro que se conheciam, não foi nenhum ver-te e amar-te, mas depois ela disse, Então Manuel, e ele respondeu, Então Gracinda, e pronto, quem julgar que é preciso muito mais, engana-se.", pág. 134.
Mais adiante: "Tenho mais sete anos que tu, e ela, meio sorrindo, mas confusa em seus pensamentos, Isso que tem, um homem quer-se mais velho, e quando acabou de o dizer pôs-se corada porque tinha dito sim sem dizer sim, coisa que Manuel Espada muito bem entendeu...", pág. 151
Edição Círculo de Leitores.
Ainda não cheguei lá, vou pelas pp. 90 da m/ edição. Como li o livro há vinte e tal anos, não me lembro de tudo.
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