Comprei ontem: Veneza, na versão de ANTERO
DE QUENTAL. Não consta que o autor de Odes
Modernas tenha alguma vez visitado a cidade dos Doges, mas sobre ela
escreveu num trabalho de tradução dum texto de Thomas George Bonney a que juntou matéria da sua autoria. O artigo de Antero destinou-se à
revista A Europa Pittoresca (vol. I,
1881), editada em Paris sob a
direcção de Salomão Saragga, seu amigo dos tempos do “Cenáculo” e das
Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, onde projectava apresentar a
conferência, entretanto proibida, “Os Historiadores Críticos de Jesus”. No incipit do artigo, em que Antero são
segue o texto inglês de Bonney, escreve-se o seguinte: «Veneza, apesar de decadente, é ainda bela – talvez a mais bela entre
todas as cidades da Europa meridional. E, seguramente, entre todas elas, a mais
pitoresca, a mais original e a mais plácida, daquela placidez nobre a que os
italianos chamam soave austero.»
--- VENEZA, versão de ANTERO DE QUENTAL; organização,
introdução e notas de Andrea Ragusa. 2ª edição, Lisboa, 2016.
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