Fora das amarras de um casamento, ou da sinistra ilusão do amor, poderíamos estar juntos como companheiros de vida. Não existia momento que mais prazer me desse do que encontrarmo-nos depois do trabalho dela no jornal e bebermos uma cerveja num lugar qualquer da baixa da cidade, discutindo as trivialidades do dia-a-dia, trocando carícias e descobrindo, todos os dias, coisas novas no outro, como dois animais que se vão farejando e rodeando até se amarem.
JOÃO TORDO, Hotel Memória, QuidNovi, 2ª edição, Junho de 2008, p. 118.
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