quarta-feira, setembro 08, 2010

MANUEL TEIXEIRA GOMES (1860-1941)


Ando a ler os escritos literários desta personalidade invulgar, algarvio de Portimão, figura grada da República cujo centenário ora se festeja. Diletante e requintado, representante de interesses comerciais familiares (um pouco à semelhança de Cesário Verde) que o levaram a viajar pela Europa, afirmou-se como amante do belo, epicurista com arremetidas de estóico, criador de histórias eróticas e de narrativas de viagens.
Foi ministro plenipotenciário em Londres a seguir à implantação da República (a Londres de Jorge V, onde se exilara D. Manuel II e onde pairava ainda a sombra do Marquês de Soveral). Foi Presidente da República entre Agosto de 1923 e Dezembro de 1925. Retirado em Bougie (ou Bejaïa) na Argélia (qual Vale de Lobos de Herculano), aí morreu.
A sua primeira obra, “Inventário de Junho”, publicada aos trinta e nove anos, abria com uma curiosa advertência: ESTE LIVRO NÃO TEM UTILIDADE NO COMÉRCIO…

1 comentário:

Larii disse...

Gosto da forma como descreve os livros que lê, me interessei por este livro, parece ter algo de muito misterioso com a frase então citada.Gostaria de lhe indicar
"O Colecionador - John Fowles", achei um belo livro; mais não contarei a história, deixarei que descubra os mistérios deste livro por si só !
um beijo,Larissa.