PEDRO ABELARDO (1079-1142). Filósofo,
teólogo e professor. Na Questão dos Universais, defendeu a realidade do sujeito
individual, suficiente a ele próprio, contra as teorias essencialistas que viam
a diferenciação entre indivíduos como meros acidentes singulares entre a realidade
substancial da espécie.
HELOÍSA DE ARGENTEUIL (1090-1164).
Donzela culta e inteligente, desejosa de mais vastos conhecimentos no domínio
das letras, tornou-se discípula de Abelardo em 1116.
Da 1ª carta, de Abelardo a um amigo: «Reunidos
sobre o mesmo tecto, logo o fomos sob o mesmo coração. E, a partir desse
momento, com o pretexto de estudar entregávamo-nos inteiramente ao amor. As
lições ofereciam-nos esses encontros privados e secretos que o amor deseja. Os
livros estavam abertos, mas era o amor, mais do que a leitura, que constituía o
objecto dos nossos diálogos; trocávamos beijos em vez de sábias proposições. As
minhas mãos voltavam-se com mais frequência para os seus seios do que para os
livros.» E acrescenta: «Esta paixão voluptuosa havia tomado conta de mim, de
tal modo que negligenciei a filosofia e a minha escola».
O nascimento de um filho causa
escândalo em Paris e tem graves consequências para Abelardo e Heloísa.
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