Quando se pagavam os versos a peso de ouro por Augusto César, que sabe Deus se seria, ou não seria, era porque era um só Virgílio o que poetizava; mas hoje que se comutaram a poetas todas as sete pragas do Egipto, quem quereis vós que os farte, quanto mais que os enriqueça?
--- D. Francisco Manuel de Melo, "Hospital das Letras".
Páginas
▼
quarta-feira, novembro 29, 2017
FRAUTA MINHA, QUE TANGENDO
GADANHEIRO (1949),
DE JÚLIO POMAR
Lança o brilho da sua lâmina ao manto plúmbeo do céu. Deus, escondido e indiferente, dorme entre as nuvens roxas da Eternidade. A terra a quem a trabalha, grita. E um anjo caído vem acender línguas de fogo no ouro da seara.
Sem comentários:
Enviar um comentário