Quando se pagavam os versos a peso de ouro por Augusto César, que sabe Deus se seria, ou não seria, era porque era um só Virgílio o que poetizava; mas hoje que se comutaram a poetas todas as sete pragas do Egipto, quem quereis vós que os farte, quanto mais que os enriqueça? --- D. Francisco Manuel de Melo, "Hospital das Letras".
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domingo, junho 09, 2013
DA SABEDORIA DOS ESTÓICOS
Não quero a glória, que comigo a têm
Heróstrato e o pretor
Ser olhado de todos - que se eu fosse
Só belo, me olhariam.
O fausto repudio, porque o compram.
O amor, porque acontece.
Amigo fui, talvez não contente,
Porém certo e sem erro.
RICARDO REIS, Poesia, edição de Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 2000, pp. 80 e 81.
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